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sábado, 23 de setembro de 2017

Trabalhando com SMED - troca rápida de ferramenta

O que é SMED?

A metodologia de Shigeo Shingo (SMED – single minute exchange of die) foi publicada pela primeira vez no Ocidente em 1985, e é referência principal quando se trata de redução dos tempos de setup de máquinas. A metodologia enfatiza a separação e a transferência de elementos do setup interno para o setup externo. As diversas aplicações industriais e os artigos existentes indicam a relevância do tema e da metodologia.

O que é setup?

É o tempo de máquina parada, referente a troca de ferramental, para que possibilite a produção de um sku diferente. Engloba todas as atividades necessárias para preparar o equipamento para produzir o próximo lote, como também os ajustes necessários para regulagem do equipamento. Em jargão costumamos dizer que é desde a última peça boa do lote atual até a primeira peça boa do lote seguinte. Conforme gráfico abaixo:



Como implementar um SMED?

Para a implantação de um SMED, teremos que trabalhar acima de tudo a questão da disciplina, que é a peça fundamental para podermos aplicar a metodologia de forma que consigamos resultados positivos, uma vez que essa ferramenta necessita de uma padronização no métodos de trabalho e o essencial cumprimento desses padrões definidos na metodologia. Deixando claro isso, podemos prosseguir com a aplicação da ferramenta, teremos assim 4 passos simples para aplicação do SMED:
  1. Fotografar o cenário atual - Consiste nada mais que um mapeamento do processo atual como ele realmente "é", para isso aconselho realizar esse acompanhamento de forma esporádica assim teremos a foto que irá representar o mais fidedigno possível como está o nosso processo.
  2.  Analisar o cenário atual - Nessa etapa iremos realizar uma separação nas atividades encontradas durante o setup, classificando-as como atividades internas ou como atividades externas, sabendo que:
    • Atividades internas - serão aquelas atividades que necessariamente terão que ocorrer enquanto a máquina estiver parada, não podendo ocorrer com a máquina em funcionamento. Exemplo> a troca de um molde em uma máquina de injeção;
    • Atividades externas - serão aquelas atividades que poderão ser realizadas com a máquina em funcionamento, onde o acontecimento delas não atrapalhará o desempenho do equipamento. Exemplo> o transporte do molde até a máquina de injeção;
  3. Transformar atividades internas em externas - Agora é hora de colocar o lado esquerdo do cérebro para suar, nessa etapa precisaremos verificar se existe alguma atividade que está classificada com interna que poderemos criar algum dispositivo que possibilite ela ser realizada em quanto a máquina estiver produzindo, tornando-a uma atividade externa. Exemplo> folgar os parafusos do molde. Obs.: Essa é a etapa mais difícil do trabalho, pois exige uma nova engenharia do processo, por isso usem a criatividade.
  4. Reduzir os tempos das atividades internas e externas - Agora é hora de fazermos um pente fino em todas as atividades, de modo a identificarmos oportunidades para redução de micro atividades, alinhamento dos 5s e etc.
Abaixo um gráfico para ficar mais claro tudo que dissemos até agora:

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Benefícios em utilizar a ferramenta SMED
  • Melhor balanceamento das atividades;
  • Aumento da capacidade de produção;
  • Possibilita redução no tamanho dos lotes;
  • Redução das falhas e paradas de máquinas;
  • Possibilita redução do inventário(Custo de armazenagem, capital parado etc.);
  • Flexibilidade de produção;
Existe inúmeros benefícios relacionado a essa ferramenta, porém o mais válido de todos é o detalhe do conhecimento do processo que ele lhe dará, através da metodologia você passa a conhecer os pontos mais primordiais das operações, facilitando a atuação em diversos outros trabalhos.

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